Memórias

Minha memória tem fome de estrelas.

Dessas bem enormes,

que reluzem durante toda á noite.

O meu íntimo consome

a pouca memória. E a mesma

faz questão de fugir.

Que bosta, a rima fugiu.

Eu quase esqueci do bêbado pedindo esmola

na porta da escola.

E o meu primeiro beijo.

E os primeiros versos.

Cantando triste um canto,

no canto escondido ficaram.

Eis que a memória

acaba.

Enquanto viva,

tem fome.

Tayla Ferreira
Enviado por Tayla Ferreira em 18/04/2013
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