Página rasgada
Ela desceu rumo à sua provação
Pequenos passos, hesitou
Ele rasgou uma página de sua história
Mas outra ele escreveu com dor
Sua memória em recortes
Esquecida, se convence
Se entrega solene ao martírio
Do âmago que padecerá
Da pureza se perde em crenças
Grito sufocado nunca lhe será servil
ideologias de fazer amor apenas com quem se ama
e a crueldade vivenciada só na tv
Dosa sua vida
Tropeça em respostas, sem solução
Sua fraqueza é a culpa
de ser limitada pelo medo
Que lhe acorrenta ao desalento
Desengano de quem termina
quando finalmente chega ao fim
Resignada à miséria
dos sentimentos intolerantes
daquele que lhe vendeu
desfazendo tudo que sua mãe lhe concedeu
Desmoralizou seu tempo
Brincou de Deus e a zombou
Impôs um mundo que num dia se criou
Reduziu seu íntimo, exponde-lhe ao vulgar
Deixou sua marca profunda
E lhe ensinou com impiedade a amar