Meus algozes
No patíbulo das grandes tristezas
Tento fugir de tão fútil abismo
Sinto que estou com mãos algemadas
Sinto o vendar dos meus olhos
Impedindo-me de ver da vida as cores
Só o preto dos capuzes
Mas sei que estão perto ...
os meus algozes
Sei que não são humanos
Estão dentro de mim mesma
Meus medos...meus temores....destemperos
Minhas aflições, competições, sensações
Estes são os meus algozes
Quero lançá-los pra longe
Jogá-los nas águas escuras sem fim
Nas profundezas que não perpetuarão em mim
Sinto a lucidez a me suavizar
Os meus dias a aprender contar
Jogarei pro infinito os meus temores
Livrarei pra sempre dos meus tremores
Não aceitarei os meus algozes
Jamais escutarei suas vozes
Ficarão para sempre nos dias atrozes.
Autora: margareth rafael
A poetisa de alma branca