Não sei mais nada
Não sei mais de nada
Às vezes fico perturbada
Quero desistir, isso me deixa desanimada
Mas volto e penso nas consequências
Será que vale a pena
Continuar nesse caminho
E voltar também
Será que pode me fazer bem
Busco alternativas
Para viver mais traquila
A minha paz já dobrou a esquina
Não vejo mas nem sua miragem
Só restou a paisagem
Meio desgastada pelas traquinagens
Invenções sobre novas idéias
Que não saem do papel, e de murchas ficam velhas
Folhas rabiscadas me acompanham
Em minha jornada de estudos
Entre cáculos e teorias
Que mais parecem embolar minha cabeça
Será possível que a única solução para mim é desistir
E o que os outros vão falar de mim
"mas que menina burra, o tempo passa e ela não se cura"
É o que penso em momentos de desespero
Meus inimigos são muitos
E adoram zombar dos meus tropeços
Minha vida permanece pelo avesso
Chegando ao ponto em que nem eu mais me reconheço
E fico assim, estática
Sem um objetivo
E quanto mais o tempo passa
Mas parece que peguei a trilha errada
E assim estou, estagnada
Em versos declaro-me instável
acho que fui dopada
Não reajo, as folhas não me empolgam em nada
E nesses momento devemos parar mesmo talvez
para pensar com mais sapiência e sensatez
o problema é a prática, voltar ao labor, todo dia, todo mês
estou cansada!