A teia

Levou-me com suas palavras ao abismo
Cai em aconchegante rede
Que me aprisionou em ilusões
Com promessas incertas de se acreditar
Na sua teia de enganos profanos
Surpreendeu-me quando enxerguei
A cena em que me encontrava
Como um fantoche em suas mãos
Tornei-me estátua viva tampouco reconhecida
Perante o sol que não trabalha mais para o meu ser
Escravo fiel sem reconhecimento
Sou uma rocha qualquer no meio do nada
Sem vida e sem cor
Sua armadilha me fisgou
Entrelaçando a minha alma púrpura em suas teias
Tão venenosas como absinto
Seus abraços agora são tentáculos que aprisionam
E não mentem mais a me consolar
Seus sorrisos que eram vistos como um bosque encantado
Só demonstram malícia de uma tarântula pronta a atacar
Desiludido me encontro talvez para sempre
Caindo em uma lacuna
Envolvido em suas venenosas teias.
Felipe Beckmann
Enviado por Felipe Beckmann em 05/02/2013
Reeditado em 29/04/2015
Código do texto: T4124409
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.