Janela dos desejos

Janela dos desejos

Uma sombra se movia

quase vulto,

quase névoa

quase sonho.

Uma silueta tão somente,

que se contorcia,

serpenteava,

em um corpo

que se mostrava escultural.

A lua escondia-se

por trás da varanda,

onde uma face,

quase moldura

se revelava.

Visão de encantamento,

ainda sem luz,

ainda sem brilho,

sem fantasia.

Como poderia tão opaca imagem

causar em mim

tamanho reboliço?

Mas quando te vi

não restou dúvidas.

Eras quem vi

da janela dos meus desejos.