Petrópolis
Praça D. Pedro, neblina, transeuntes.
Restaurante D`Angelo, shopping Copacabana.
Esquina do Café Araújo movimenta-se
a cidade ao ritmo das máquinas.
Rua do Imperador, Relógio de Flores,
Barão do Rio Branco, Princesa Isabel.
O progresso mistura o som das carruagens
aos automóveis apressados.
A cidade se transforma com suas
múltiplas cores, suas caras miúdas,
suas palpitações, seus braços de concreto.
Igreja do Rosário, Mosteiro da Virgem,
Museu Imperial.
Praça da Inconfidência onde eu rabiscava
no verso do papel toda a arquitetura
do Colégio Católico.
Vento frio e cortante.
O que realmente corta é a saudade que eu deixo.
Petrópolis agora é uma parte do meu corpo
que deixei perdida
na esperança de voltar.