SOLITÁRIA ESTRADA
Ando no pó de estrelas pelas estradas
E nas noites enluaradas
A paixão reluz
E sigo às trelas, nas madrugadas
Sem ti, nas noites empoeiradas
O amor é cego de luz
A noite sofre com meu queixume
A lua banha a solitária estrada
Aguapés seduzem com seu perfume
Deflorando o virgem encanto da madrugada
Uma ave canta, o vento acorda
Soprando a paisagem da noite
E a lua dança
Reavivando a nuvem morta
Foi o amor que me abriu a porta
Em tudo vejo teu corpo
Até no infinito obscuro do deserto
E fatigado de calar teu nome
Quase o revelo no final deste verso