Verão, chuva e você
Ao cair da tarde a chuva veio e molhou a rua.
Caminhando por ela, deixei que me molhasse.
Desejei que teu corpo lindo estivesse comigo,
Sentindo as mesmas sensações, as delicias de uma chuva de verão.
Queria ver teus olhos, a pele branca com gotas de cristais.
Pensando, caminhei sem pressa, e quando dei por mim, estava diante de um belo jardim.
Não pude conter um rio de pensamentos espontâneo, que surgiram.
Notei a mesma flor que os cabelos claros enfeitam quando a vejo passar.
A paisagem se fez conhecida, e por cima dos muros as flores invadiam a rua.
Lutei contra o desejo de ter seu corpo perfumado, e novamente, ver teus olhos.
Agora que me achava aos redores do jardim que mora.
Lutei contra os instintos que me acendiam, e queimavam meu corpo.
Os desejos se fizeram mais forte, a chuva cessou repentinamente, e as pétalas das flores debruçadas no muro estavam brilhantes.
Aquele momento eu ouvia os pingos que caiam das arvores.
Aquele momento eu via pétalas de flores brilhantes.
Aquele momento meus olhos viam o brilho do teu olhar.