AO RELENTO DA NOITE...
Ao relento noturno
o crepúsculo do campo
é prateado,
sombreado
pela redonda lua cheia,
após um dia quente
nos casebres,
nos pardieiros...
alumia incandescente
a lua lamparina
ou o antigo candeeiro
aconchego do campeiro
do homem mateiro
das roças ensolaradas
tórridas...
das mãos rachadas
trazem histórias
da vida sofrida
das lágrimas contidas
entre elas algumas alegrias
ele descansa,
seus olhares rutilantes
observam fixamente,
em pensamentos vazios, absortos
entre sombras embaralhadas
e o cheiro
do fogão de lenha
ele divaga...
entre a luz da lamparina
e a emanação da fumaça
traga quetinho
seu prazeroso
cigarrinho de palha...
Romulo Marinho