AO RELENTO DA NOITE...

Ao relento noturno

o crepúsculo do campo

é prateado,

sombreado

pela redonda lua cheia,

após um dia quente

nos casebres,

nos pardieiros...

alumia incandescente

a lua lamparina

ou o antigo candeeiro

aconchego do campeiro

do homem mateiro

das roças ensolaradas

tórridas...

das mãos rachadas

trazem histórias

da vida sofrida

das lágrimas contidas

entre elas algumas alegrias

ele descansa,

seus olhares rutilantes

observam fixamente,

em pensamentos vazios, absortos

entre sombras embaralhadas

e o cheiro

do fogão de lenha

ele divaga...

entre a luz da lamparina

e a emanação da fumaça

traga quetinho

seu prazeroso

cigarrinho de palha...

Romulo Marinho

Romulo Marinho
Enviado por Romulo Marinho em 21/12/2012
Reeditado em 21/12/2012
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