Simplesmente nada
Um dia ei de dizer do amor que tive e morreu
Só um amou o outro esqueceu, só um lutou,
O outro mentiu.
Aquele que ficou se riu e o que partiu sofreu.
Quem se entregou ruiu, melhor se deu quem se escondeu!
Assim um dia ei de dizer que do amor que não tive,
Sequer uma lembrança vive, nem se boa nem se má.
E desse amor que não há esvaziada a esperança.
Direi que foi triste herança que um erro me veio cobrar.
Nada ficará no olhar, nem na mente, nem no peito
Nem angustia, nem respeito, nem amizade ou afeto.
Serás um estranho se passar por perto, e se manter-se
longe bem melhor será.
E então direi do amor que não existe, nem feliz nem triste,
Nem grande ou pequeno, nem doce ou salgado
Nem remédio ou veneno, foi uma noite de sereno antes de um dia ensolarado!