Sofia
Pela janela escancarada escapou-me, a gatinha
Que escorreu pelas sombras do telhado.
Havia se espreguiçado nas almofadas do tapete
Bebido meu leite com bolachas
Esgarçado as páginas do caderno
Que eu rabiscava em horas de ternura.
Sofia, gatinha, vinha à noite miando suas valsas
Se aninhava em meu colo,
Eu fechava os olhos e sorria.