DIVAGAÇÕES (as coisas e eu)
Se ouço; ouço.
Nada acontece.
Se cheiro; gosto ou não do que sinto.
Nada mais.
Se vejo; sinto!
A transformação do meu coração,
Por aquilo que vejo,
mas que não posso reter (obviously).
Pobre natureza contingente, a minha!
Pois...
Da coisa que vejo (cheiro e ouço),
Só me dada à sensação,
Nada mais que,
Acontecimento-divagação!
(...)
Vivo!...
Ouvindo, cheirando,
Vendo e sentindo.
Viver...
Que, entre tantas outras coisas – ouvir, cheirar, ver...
Sentir.
É divagação!
(de Assis Furtado, 10/12/12)