A estrada

Andei-me a terra ardida

Busquei as mais belas flores

Sentir as piores dores

Andei até meu corpo agüentar

Andei pelo paraíso

Atrás de um sorriso

Sentir o frio da solidão

Vi as coisas passarem em vão

Contei os dias, as noites

E vários são os coices que vida me dá

Vir-te as tranças enroladas a seu regaço

Vi mil amores e mil desilusões

Vi perdões e corações

Vi almas sem corpos e corpos sem alma

Vi ingenuidade humana na tez

Vi também a malicia

Que delicia os corpos vazios

Vi o inferno injusto e cruel,

Eu vi o mundo atual

Vi que quando morrer todos há de ir ao céu

Pois as iniqüidades tão sendo pagos aqui

Aqui no solo ardido

Vi que o humano erra

Assim como eu que estou errando agora

Vi que a pior coisa não é ser malicioso

É ser ingênuo

Quem é malicioso sobrevivi à sociedade montada

Pois consegue conviver com outros iguais a ele

Quem é ingênuo se molda a sociedade

Pois tudo é verdade aos ouvidos dos mesmos

Tudo é um paraíso até a mascara cair

Vi pessoas indo para nunca voltar

Pessoas que se foi por acreditar

Em tudo

Vi que o ser humano é fraco em tudo

Por isso que sempre devera andar juntos

A outros iguais a ele

Pois se cair um te levantara

Vi o mundo explodindo

Vejo agora marionetes programadas

A fingir que é gente.