A Balada do Eu Solitário
Eu sou como uma agulha no palheiro
Uma tecla no piano
Uma formiga no formigueiro
Mais um entre os humanos
Eu sou um nada, sou nenhum
Um ser incerto, limitado
Qualquer suburbano comum
Provido de um pensamento conturbado
Eu sou diferente, sou errado
Mais um com seus problemas
Só sou mais um condenado
Que completa o sistema
Eu sou mais um sem motivo
Que pergunta o que é a vida
Sem saber porque está vivo
Sem encontrar uma saída
Eu sou aquele cercado de realidade
Que ver o tempo passar
Aquele alérgico a felicidade
Que busca um outro lugar