Renascer

Transito,

Entre flores regadas com o suor do meu rosto em pequenos momentos de solidão...

E nesse mar de descontentamento em que me vejo,

Sinto nascer em mim um desejo...

De andar seminua,

No meio da rua em noite de luar,

Sem ninguém a me acompanhar,

Me vigiar...

"Deixe-me renascer",

De um parto normal,

No meio do matagal,

Tendo a solidão da noite como minha companhia...

As pedras que rolam no meio do caminho,

Vão me encontrar sozinha,

Sem ninguém pra me amparar.

Não quero presença,

Quero a ausência...

Ninguém nesse lugar...

E quando fazer-me grande,

Minha história irei contar...

Nada me basta,

Nada me importa...

Ouço som...

Será alguém...

A bater na porta...

Não há fechadura,

Não há ternura,

Encontro-me absorta,

No meu quase clausuramento...

Meus momentos de lucidez,

Me faz odiar,

As história do era uma vez...

Não quero me perder no labirinto do “felizes para sempre”,

Apenas poder apreciar o momento,

Do grande acontecimento,

Do grande milagre, do meu renascimento...

val cunha
Enviado por val cunha em 13/11/2012
Reeditado em 14/11/2012
Código do texto: T3984298
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