Náufragos... do amor.

Como náufragos aflitos neste mar de silêncio onde ancora a dor dos que escolheram.

Eu e muitos, vimos milhares atracarem a infinita vontade do que um dia foi nosso desejo. O poder a nós dado no valor angustiante dos bens materiais!

Sentados sobre a marina do tempo, observamos o regresso dos que se amontoavam em nós. Impiedosamente! As suas em nossas semelhantes escolhas.

Navegantes de um único mar, jamais perceberam que nunca saíram do mesmo lugar. O vazio do silêncio desejado, retratado no aborto do sentimento "o amor".

Como náufragos de uma embarcação invisível construíram como nós. Sonhos sem sentimentos!

Amotinados pela melancolia de uma busca sem fim, pularam de seus barcos... Por eles, como nós. No primeiro grito de revolta, onde os agoures financeiros jogaram porta fora o sentido do que os uniram...

Agora como prisioneiros de um simples e lindo sentimento, “o amor” que envolve a eles e nós nas lembranças... dos que não param de chegar...