O barco azul e antigo
I
E os barcos trabalhavam pela vida,
Com a cor fina do brilho e dos poderes...
No céu azul, vem-me a visão morrida;
Meu Deus! Que o lado límpido dos seres!
Sente, em que existe os vaga-lumes castos,
Ó fulgores pesados sem olhares!...
Como ninguém olhava os bichos vastos?
Toda a magia, em meu vigor dos mares.
Dali no alvor dum carro vago e forte,
Corre... Quem passa a vir ao novo estado?
O que lá vive em bom lugar do norte!?
Quando comprar o meu licor alado.
Vira-te o mago dos senhores fúlgidos
Mãos... Como era azulado, belo e lírico?...
Aqui foi mais celeste, os réus vividos
Eles assustam tudo, em tempo rico.
Se entrarem os navios, que já passam!
Do lindo canto sem momento triste,
Por isso os outros companheiros laçam
Adeus! Meus bons amigos... Que te viste!...
Autor: Lucas Munhoz (Poeta rapaz) - 21/10/2012