Tabebuia Aurea

Tronco rude, casca grossa.

Suas folhas compostas,

de renovação anual,

permitindo floração que atapeta

o chão ocre do cerrado.

São lágrimas douradas,

De alegre choro,

o Ipê do cerrado.

É primavera.

Hermafrodita por natureza,

entre arquiteturas variadas,

encanta a todos.

É momento de fecundação.

Cenário contrastante,

Brasília, Brasil central.

Beleza e desafio,

Usurpada, sem direito.

Envergonha até o ipê amarelo.

Sua força e resistência

Não impede a efêmera permanência,

deixando, contudo, sobre o solo árido,

sua pequenina semente.

É vida a renovar-se.

Há esperança!

Gilberto Carvalho Pereira
Enviado por Gilberto Carvalho Pereira em 10/10/2012
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