Tabebuia Aurea
Tronco rude, casca grossa.
Suas folhas compostas,
de renovação anual,
permitindo floração que atapeta
o chão ocre do cerrado.
São lágrimas douradas,
De alegre choro,
o Ipê do cerrado.
É primavera.
Hermafrodita por natureza,
entre arquiteturas variadas,
encanta a todos.
É momento de fecundação.
Cenário contrastante,
Brasília, Brasil central.
Beleza e desafio,
Usurpada, sem direito.
Envergonha até o ipê amarelo.
Sua força e resistência
Não impede a efêmera permanência,
deixando, contudo, sobre o solo árido,
sua pequenina semente.
É vida a renovar-se.
Há esperança!