Renato, la vitta

Era assim que parecia estar certo

no simples desespero pela memória

Renato se cortava na saudade

e sangrava na tua alma

Estava de olhos fechados

na chuva fria e silenciosa

e o frio no coração

fazia parecer quente o inverno solitário

Nos vidros da rua

cada gota uma palavra de lembrança

dores profundas que assim

parecem intermináveis

Renato se trancou em tantos lugares

e se perdia cada vez mais

Se machucou quando tentou levantar

e gostou de chorar

Não reconheceu a irmã do seu lado

Renato não percebia a essencia da vida

Se perdeu em meio a vida confusa

e quando sangrou sorriu

Imaginou o sangue formar alguns nomes

mas não conseguiu ler direito

Ele fechou os olhos

e não sabia quando abriria de novo

Enquanto imaginava sentiu um calor

em seu rosto marcado

mas não sabia o que acontecia

Renato estava deitado e coroado

Tentou trazer luz ao coração

mas este se cansou da traição

e nem lagrimas de amor foram suficiente

no pescoço molhado sentia toques sutis

Mas Renato se viu depois

Estava de pé e viu a si mesmo de longe

Renato não entendia as coisas

e aquilo era novidade

A ultima novidade da vida ou

a primeira do novo mundo?

Renato sumiu quando caiu sob

a terra triste

E lá ficou...

a noite passou

o dia chegou

e lá sentou

E depois deitou para chorar

A vida passou e talvez alguns simples gestos

teriam mudado esse começo...

Mas o medo é sempre o motivo

Pássaro das Palavras
Enviado por Pássaro das Palavras em 23/02/2007
Código do texto: T391113
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