Touro Maiado
Lá do canto da mangueira
O boi maiado me cuida
Com olhos grandes embotados
Querendo avançar em mim
Eu, um pouco meio curvado
Na posição de correr
Boleio um laço na mão
Com as pernas tremendo assim
Ele assopra e sapateia
Jogando terra entre as pernas
Eu, com o coração Tuque! Tuque
Medindo artura da cerca
Me vem o porra-lôca do cachorro
Numa hora bem imprópria
Se enfia entre minhas pernas
E se põe doido a latir
O touro foi se inchando
Que nem sapo cururu
Babando e baixando o chifre
Como pá carregadeira,
E, tracionando as quatro patas
Descarrilhou pro meu lado
Foi correria e peidos
A cerca ficou baixinha...
Até hoje onde moro
Pra amenizar a cagança,
Me chamam de Zé Bufinha