Dia poético
O dia por si só amanheceu poético
Com uma chuva fina e lenta em orvalho
Com goteiras em quedas cadenciadas
Em baldes e bacias
Ritmando nosso longo tempo
Digno de uma lareira acesa
Com gravetos secos em estalos
Marcando a evolução sinuosa da labareda
Esfrego minhas mãos em anseio
Querendo sua anatomia
De beber um vinho que acende
De dar sabor e fazer queimar no querer
O fogo do amar e amar
E de duas vontades loucas
Querer fazer de dois, um.
Ofegantes, não cansar.
repirar fundo e tentar várias vezes.
Até entender que dois fazem um
Nas frequentes tentativas
Do calor escaldante da paixão