Nostalgia de uma Amada Brilhante
De pé,
Mais um dia eu me levanto,
Mais uma vez aquele mesmo sol,
Aquela mesma paisagem,
Aquela mesma rotina.
De pé,
Mais uma vez, aquilo tudo igual,
Nada mudará,
Nada, acredite!
No horizonte vejo um raio de sol fulgir,
Ele vai ao encontro do rosto de minha amada,
Tão branco, o brilho o ilumina perfeitamente,
Suave sorriso distante,
Tão distante quanto meus sonhos.
Sonhos, que sonhos?
Os sonhos morreram,
Morreram quando ignoraram minha necessidade de viver,
Mas sabe, seria desumano negar a existência,
Pois ainda eles vivem.
Perpetuados na minha memória,
Sonhos antigos, incrédulos,
De uma vida feita para servir,
Em uma bola de viro, viver,
Em um dia sonhar,
Que livre de lá estaria,
Minha vida mudaria,
E aos meus braços tu estaria.
Na bola não estou mais,
Mas fora dela não aprendi a viver,
Longe estou,
Nos braços do meu fiel escudeiro estas.
Mas fico feliz,
Pois nos braços de um marginal poderia estas,
Mas estás nos braços daquele que me quase foi um professor,
Que nos tempos em que tentei romper com a solidão,
Me entreguei,
Eternamente nesta luta,
Naquele brilhante ano,
Naquela brilhante luta,
Que ainda que perdida,
Perdida estaria,
Se nela não fosse,
E de dúvida vivesse eternamente.