Abajur nostálgico
Olá, abajur
companheiro
belo, altaneiro,
vigia de cabeceira.
Criado calado, mudo
ao meu lado, alado anjo
imaculado, mavioso múrmur.
Quando o meu amor me deixou,
somente você, foi fiel companheiro,
enfronhado ao lado do velho travesseiro
enxovalhado, e, pelo descuido afetado.
Quando se perde o verdadeiro amor,
passa-se a procuração a qualquer
procurador de emoção de mulher
santa, ou, maculada na bela flor.
Tornou-se meu objeto de fixação,
à resolução de velha ingratidão.
“Sonhar é viver”