Insolubilia
Aprazem-me as minúcias aprazo-me deles.
Não sei por que, mas me são mui suntuosos.
Queria aprazer e oscular até me carecer
Mas me falta me falta arrojo de me espargir
Pra longe pra bem longe, onde não possa me ver.
E viver, viver de certo meus desvarios.
Seria isso insano? Vergonhoso? Alegria, engano?
Seria eu desatinado nesse baldado amor
Sim baldio, em meu ínfimo ululante.
Inquietude angústia de não ter o iludível
Que me levem para bem longe do que eu quero
Feneço pelos não esboçados gozos
Remito meus carpir velando as volições
Segando entre estas quatro paredes
Não em Arles, mas de Van Gogh insano.