Silêncio...

Uma arma infalível segundo os sábios contra tudo e todos, assim pensava a humanidade há muitos anos, porém, nos agoures da vida descobrimos que:

O silêncio que se faz presente em nossos olhos. Mata! Mesmo que a arma não esteja em nossas mãos.

O silêncio de uma resposta não dita permite ao mundo dizer sim ou não, diante das inúmeras hipóteses que deveriam conter uma única resposta. A sua vontade!...

O silêncio que aflige o amante que em busca de caminhos conta com tua palavra para continuar, e o fará, mesmo que o vazio produzido o mantenha na incerteza, por que a duvida o devorará para sempre. E o culpado! É com toda certeza. Você!...

O silêncio que desvia um simples pensamento, que constrói destruindo o que por milênios matou por querer. O não querer!...

O silêncio infinito que congela como um grito a ensurdecer os bravos e os malditos que confiou em alguém. E a ajuda que não veio...

O silêncio que apavora as crianças os velhos e os aflitos, por que na rebeldia da espera o teu grito não sai, enquanto dizias em pensamento. O que não foi proferido por tua boca!...

O silêncio que te fez ausente no falar contundente daquele que te procura. Porque se procura em você!...

O silêncio que uniu multidões em ressentimentos por um simples minuto, em um único gesto de poder dizer: Estaremos juntos. Mesmo sem vocês saberem!...

O silêncio de quem esperou a paz, e se perdeu na guerra porque não se atreveram a dizer. Não!...

O silêncio de um grande homem que divinamente aceitou a morte. Por mim e por você!...

O silêncio do Criador que diante de tuas escolhas nunca o julgou, pois o arbítrio foi dado “a você”...

E na infinita beleza do silêncio, somos conduzidos à paz ao despirmos a alma do invólucro por nós habitado... E que a paz deste silêncio se faça eterna na espera. Sem e por você!...