FAZENDO POESIA

Pelos dedos

escorrem pensamentos

como locomotivas

desenfreadas...

Torrentes de

palavras como

tempestade...

Ainda assim

faltam pedras

ao quebra cabeças,

sobram imprecisões.

Vagando por

sítios estéreis,

o poeta claudica

em carentes

informações...

afetos, carinhos,

ódios, atos falho...?

O criador o Alter ego

dos Alter egos produz

poesia em proporções

até então despercebidas

de tanto esforço que

arrasta... no vão do tempo

com a roupa em desalinho

e a boca trincada...

É dura a lida...

e o que se segue...

são palavras a desfilar

a desafiar pedras no

caminho, a enfrentar

frias navalhas que

cortam a inspiração

bem no meio e que torna

assaz fugaz a certeza

de se criar versos...

é preciso vencer a força

da inércia, força centrípeta

para arranjar um tempo

em tempo para criar

novas rimas, versos,

poesia...!

Alkas
Enviado por Alkas em 14/08/2012
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