FAZENDO POESIA
Pelos dedos
escorrem pensamentos
como locomotivas
desenfreadas...
Torrentes de
palavras como
tempestade...
Ainda assim
faltam pedras
ao quebra cabeças,
sobram imprecisões.
Vagando por
sítios estéreis,
o poeta claudica
em carentes
informações...
afetos, carinhos,
ódios, atos falho...?
O criador o Alter ego
dos Alter egos produz
poesia em proporções
até então despercebidas
de tanto esforço que
arrasta... no vão do tempo
com a roupa em desalinho
e a boca trincada...
É dura a lida...
e o que se segue...
são palavras a desfilar
a desafiar pedras no
caminho, a enfrentar
frias navalhas que
cortam a inspiração
bem no meio e que torna
assaz fugaz a certeza
de se criar versos...
é preciso vencer a força
da inércia, força centrípeta
para arranjar um tempo
em tempo para criar
novas rimas, versos,
poesia...!