Páginas do meu silêncio

Mergulhada na minha solidão
Sem nada me incomodando
Medito sobre a vida, sobre mim
Vejo que parte dela se esfumou
Através dos anos que eu já vivi
E o que restou foram apenas memórias
Tenebrosas saudades, um grande vazio
Que me deixa ansiosa, meio perdida
Através do tempo e da crueldade
Escuto a voz da minha identidade
Revoltada, triste e muito magoada
Porque o tempo é apressado demais
E a vida não é nada fácil, me cobrando
Todos os meus erros, todas as falhas
E eu sabendo das minhas reais razões
Choro, perdida em mim pensamentos
Procurando o colo do tempo e ele foge
Aos meus abraços, as minhas suplicas
E quando um dia parar para olhar-te
Bem melhor, entre o meu amado silêncio
E a minha solidão vai de novo encontrar
Minha alma liberta de medos e da vida
O relógio do tempo inacabado, sofrido
Com os ponteiros avariados, parados
E ai eu mergulharei de vez no silêncio...