Águas Iluminadas
E assim cai a chuva formando sulcos na areia,
em paralelo ao tempo que nos marca a face ressecada.
A ousadia humana, de nada valeria sem a junção do inoxidável,
elos que resistem a tempestuosas estações.
E assim cai a chuva formando sinfonias por sobre os telhados,
verdadeiros xilofones, união entre natureza e abrigo;
a condição das gotículas, duelam entre agulhas e afagos,
o momento definirá furos ou maciez.
Abre-se o guarda chuva, na impetuosa missão,
de reter o que flui das comportas abertas do firmamento.
Eis que surge o sol majestoso,
alongando seus raios por sobre os terrenos,
frutificando em parceria com a chuva, as superfícies tocadas,
mostrando com seus feixes luminosos,
que tudo a nossa volta é uno.
Eis que surge o poeta...