Menina imatura
Menina imatura esqueceu de envelhecer?
Não tarda a vida, tão dura, a vir lhe aprouver
Seus vários sofrimentos e penosas lições,
Você fechou os olhos para não ver os clarões.
É disso que o mundo é feito, oh menina irrequieta!
De tristes e rotineiras tramas, mas fiel a uma meta,
Aqui se faz e aqui se paga por pior que isso pareça,
O mal grassa ao meio dia, há quem não o mereça?
O ruído das mentiras tende a cair por terra,
Pedra é arremetida contra todo que erra.
O perdão é um alarme a avisar o ladrão,
Para que atrase seu golpe e contenha sua mão.
Oh menina imatura! Ele voltará num outro dia,
E aí virá sem receios com mais vontade e ousadia.
Conhecendo as suas falhas e sabendo como fazer,
E nesse dia sua inocência de vez por todas vai morrer!