A onde estão minhas flores?
Serenou-se o tempo, quando o verão findou-se,
E olhei pela janela, as gaivotas em migração.
E como a inspiração, o outono adentrou-se
Despetalando minhas flores, jogando folhas ao chão...
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Os ventos começam a uivar por entre os prédios,
Anunciando a chuva que já começa cair
Atirando-me na solidão, e esta não tem remédio,
Prendendo-me em casa, impedindo-me de sair...
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Onde estão minhas flores, que deveriam o tempo colorir?
As flores de outono, que aguardam o frio que esta a chegar
Eu espero a primavera, depois do inverno ela há de vir,
Como uma sinfonia, minha vida vai tocar...
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Flores haverão de trazer-me um novo sentido,
Como os que eu sinto ao pisar no chão
Quero novamente ver o meu jardim florido,
Mas ainda é maio, e devo enfrentar uma outra estação...
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Quando o tempo virar, a neve vai cobrir o campo,
Será tudo tão branco, o inverno é pobre em cor!
Não haverá pássaros em um poético canto,
E jardins já não possuirão nenhuma flor...
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Não há poesia que se faça ao frio,
Tornam-se palavras repetidas e dissimuladas
É sem vida, como um peixe fora do rio,
São como pegadas pelo vento apagadas...
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O meu choro ecoa triste neste universo,
Um universo que uma nova poesia inspirou
Minhas palavras aqui ficam escritas em versos,
Como as flores de um tempo que já passou...
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Há de chegar à primavera, rainha da estação,
Trazendo-me mais que novas cores
Mas o tempo não passa, se é que passarão,
Então me pergunto, onde estão minhas flores?