LÁGRIMAS NA CHUVA
Chovem sorrisos abertos
Somem amigos esquivos
Rugem alegrias externas
Sigo, invisível, o destino...
Rangem ruídos rasteiros
Vozes ecoam nos prados
Cruzes enfestam os lagos
Olho, sem ver, meu desterro
Zune o vento na encosta
Nada nasce das arestas
Gemem os clamores das festas
Teimo e insisto, indisposta
Hoje emerge da neblina
Um rosto - um vulto na curva
E escondo, como menina
Lágrimas, mistas à chuva...