Pra sempre um jardim

Para sempre um jardim

E no meio de tantas verdes folhas

e jardins solenes,

eis que a tarde pareceu-me manhã,

pois que nem pés descalços em bolhas

ficariam cansados de percorrer

o que outrora repousara princesas em divãs...

Era esse o jardim de acácias, plátanos, sorrisos

e macacos a me divagar a alma devagar,

num sorriso invisível que dentro de mim se vai...

Tempos se passam, os jardins não mudam, mas afloram

choram e decoram, o que ontem foi luar

e o amanhã será sol, com um presente orvalhado por lágrimas

poéticas de quem ali passa no botânico espaço

que em meios a uma brisa contemporânea,

já foi cenário de saraus e rouxinóis de inverno...

E brotam fortemente em meio a floradas, orquídeas, e cores

e frutos de canções de amores,

que nunca se viram, mas se sentiram em meios aos jardins eternamente

enamorados da natureza e dos corações apaixonados...

Jardim Botânico, Rio de Janeiro...Uma canção de prelúdio de inverno de 2012,

como consagrar almas que tinham que se encontrar...

Mônica Ribeiro

28/06/2012

Mônica Ribeiro
Enviado por Mônica Ribeiro em 28/06/2012
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