AH... NÃO HÁ! (Parte II - A Carta)
Que caia em mãos corretas.
É p’ra ti,
Seja quem for
Alguém de alma discreta
Que possa diminuir minha dor.
O problema é o seguinte:
Paixões já tive,
Mas com seqüelas não fiquei
Porém, certo dia,
Com a pior epidemia
Às portas do coração
Me deparei,
Mas não a conhecia,
Portanto
Sem refletir,
Nem pensar
Deixei-a entrar.
Infeliz idéia!
Como me entreguei assim?
Havia caído na maior teia.
Como a aparência foi fugaz!
Enganou
E
Tirou
Minha suposta paz.
Por isso...
Peço-te:
Se tiveres uma fórmula
uma receita
uma gota para a cura
Imploro: Dá-me
Vende-a a mim!!!
Antes que seja tarde
E que chegue meu triste fim.
Se nada tiveres
Novamente, peço-te:
Manda-me consolo,
Faze o que puderes,
Mas ajuda-me...
Ajuda-me a viver meus últimos dias
Com o mínimo dos prazeres.
Abatido estou,
Preciso descansar
Para mais um dia guerrear.
Espero a fidelidade
a lealdade.
Ah... já ia esquecendo do principal:
O nome do meu mal.
Não me faças sofrer mais do que já sofro
E não me dês mais dor...
Creio que já deduzes
Que minha doença é o amor.
Com esperança,
Alguém que precisa ser ajudado
Um convalescente desesperado...