AH... NÃO HÁ! (Parte II - A Carta)

Que caia em mãos corretas.

É p’ra ti,

Seja quem for

Alguém de alma discreta

Que possa diminuir minha dor.

O problema é o seguinte:

Paixões já tive,

Mas com seqüelas não fiquei

Porém, certo dia,

Com a pior epidemia

Às portas do coração

Me deparei,

Mas não a conhecia,

Portanto

Sem refletir,

Nem pensar

Deixei-a entrar.

Infeliz idéia!

Como me entreguei assim?

Havia caído na maior teia.

Como a aparência foi fugaz!

Enganou

E

Tirou

Minha suposta paz.

Por isso...

Peço-te:

Se tiveres uma fórmula

uma receita

uma gota para a cura

Imploro: Dá-me

Vende-a a mim!!!

Antes que seja tarde

E que chegue meu triste fim.

Se nada tiveres

Novamente, peço-te:

Manda-me consolo,

Faze o que puderes,

Mas ajuda-me...

Ajuda-me a viver meus últimos dias

Com o mínimo dos prazeres.

Abatido estou,

Preciso descansar

Para mais um dia guerrear.

Espero a fidelidade

a lealdade.

Ah... já ia esquecendo do principal:

O nome do meu mal.

Não me faças sofrer mais do que já sofro

E não me dês mais dor...

Creio que já deduzes

Que minha doença é o amor.

Com esperança,

Alguém que precisa ser ajudado

Um convalescente desesperado...

Yan Azaf Gomer
Enviado por Yan Azaf Gomer em 08/02/2005
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