Fantasmas
Fantasmas transeuntes
Pelas ruas, na central,
O medo aos olhos de
Quem passa sem sinal
Não ouvem o grito seco
Suplicando redenção
As vestes antepassadas
A cura a troco do pão.
Fantasmas prostrados
Nos pontos cegos do dia
Esquinas dos sonhos inversos
Qual só chove nostalgia
Fantasmas a quem não vê
Não ouve a anunciação
Nos livros, igreja, estado
Na cidade assombração.