O canto do sabiá
Sabiá cantou no alto,
no alto da laranjeira,
um canto livre e aduaneiro,
pertinho da espinheira.
Demarcou seu território,
prosseguiu o sabiá,
no seu canto, canto livre,
o canto do sabiá.
No seu canto haviam notas,
que só ele alcançava,
e as flores da laranjeira,
balançavam num bailar.
Nesse canto havia um canto,
que só ele conhecia,
canto límpido, transparente,
o canto do sabiá.
Entre brotos e folhagens,
soava o canto majestoso,
do majestoso sabiá,
aquele canto, o canto dele.
Imponente e aduaneiro,
assim é o sabiá,
não existe outro canto,
como conta nesse canto,
o lindo sabiá.