Violeiro aboiador

Eu sou nascido no mato

Alegria me consola

Já até fiz pregação

Prá gente que mata e esfola

Mas não foi nenhum sermão

Foi toada de viola

Quando canto e comovo

Revivo o que me ocorreu

Misturo o tempo feliz

E outro que se perdeu

Qual recado do destino

Prá alguém que não sofreu

Igual a flauta de pan

O meu canto isolado

Tece no ar quimeras

De um amor do meu passado

E esse aboio dolente

Enfeitiça até o gado.

Agamenon violeiro
Enviado por Agamenon violeiro em 08/06/2012
Código do texto: T3712702
Classificação de conteúdo: seguro