A ROSA JOGADA
AO SILÊNCIO
DE MINHA VOZ
E AO CAIREM
AS PRIMEIRAS LÁGRIMAS,
MEUS DEDOS,
INERTES E FRIOS,
DEIXARAM
CAIR
A ROSA QUE TU ME DEU.
CAIU JUNTO
AOS TEUS PÉS
EM UM MERGULHO
PROFUNDO
E NÚ.
ALI
JOGADA FICOU
NO TEMPO
QUE SE FOI
AMARELECEU,
PISOTEADA NÃO FOI.
OS CÉUS,
COMO A MOSTRAR
AO MUNDO,
PRIVOU-A
DESSA MORTE.
OS QUE
PASSAVAM
UM OLHAR TRISTE
E COMOVIDO
LHE LANÇAVAM
E NA ROSA
NÃO PISAVAM.
PASSOU-SE
DIAS
E A ROSA
QUE MURCHOU
FOI GENTILMENTE
ACOLHIDA
POR OUTRAS MÃOS,
ENTÃO.
DEPOSITADA
FOI
JUNTO A UMA
PÁGINA DE LIVRO
E ALI
SOLITÁRIA
PERMANECEU.
A VIDA,
SEMPRE ZELOSA,
TEIMOU COM O TEMPO
E
DELICADAMENTE
DESTINOU
OUTRA SORTE
A ESSA
ROSA.
AO LONGO
DE ANOS
ESQUECIDA
UM DIA
FOI
ACARICIADA GENTILMENTE
PELAS MÃOS
DE
UMA CRIANÇA
FELIZ.
A ROSA
AFINAL
DESCOBRIU
O AMOR.
(MILENA MEDEIROS-21/04/2010)
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