A ROSA JOGADA

AO SILÊNCIO

DE MINHA VOZ

E AO CAIREM

AS PRIMEIRAS LÁGRIMAS,

MEUS DEDOS,

INERTES E FRIOS,

DEIXARAM

CAIR

A ROSA QUE TU ME DEU.

CAIU JUNTO

AOS TEUS PÉS

EM UM MERGULHO

PROFUNDO

E NÚ.

ALI

JOGADA FICOU

NO TEMPO

QUE SE FOI

AMARELECEU,

PISOTEADA NÃO FOI.

OS CÉUS,

COMO A MOSTRAR

AO MUNDO,

PRIVOU-A

DESSA MORTE.

OS QUE

PASSAVAM

UM OLHAR TRISTE

E COMOVIDO

LHE LANÇAVAM

E NA ROSA

NÃO PISAVAM.

PASSOU-SE

DIAS

E A ROSA

QUE MURCHOU

FOI GENTILMENTE

ACOLHIDA

POR OUTRAS MÃOS,

ENTÃO.

DEPOSITADA

FOI

JUNTO A UMA

PÁGINA DE LIVRO

E ALI

SOLITÁRIA

PERMANECEU.

A VIDA,

SEMPRE ZELOSA,

TEIMOU COM O TEMPO

E

DELICADAMENTE

DESTINOU

OUTRA SORTE

A ESSA

ROSA.

AO LONGO

DE ANOS

ESQUECIDA

UM DIA

FOI

ACARICIADA GENTILMENTE

PELAS MÃOS

DE

UMA CRIANÇA

FELIZ.

A ROSA

AFINAL

DESCOBRIU

O AMOR.

(MILENA MEDEIROS-21/04/2010)

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Milena Medeiros
Enviado por Milena Medeiros em 07/06/2012
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