O Furto
Ei! Psiu, preciso dizer-te algo
Acho que pode lhe interessar
Queres ser minha cúmplice?
Desejo um objeto furtar.
Veja, será na surdina o acto
Há de ser feito em perfeição
Rastros não se pode deixar
Precisamos ideiar juntos, a acção.
Entraremos a noite, no adormecer
Daquela que o mantém, refém.
Levaram-no, na rua do desejar
Mesmo sem dele se apetecer
Há tempos, ela me roubou
Quando ia para uma festa, do amar
Nem se recorda de quem sou
Mas o guarda, á que não sei explicar.
Vamos! Temos que nos apressar
É o momento para agirmos, rápido!
Segure cá, minha mão!
Há guardiões do melindre, pálido
Hei de furtar, o meu coração.