À Tarde

À tarde quando o dia afrouxa,

O sol que se irradia,

Sinto perfumar-me toda louça

Teu riso de fantasia!

E na sombra imersa do jacarandá

Há tanta paz e frescor

Quando ao longe canta um sabiá

Um cântico em amor!

Talvez passasse uma noite à roseira

A manhã toda aberta,

Ao levantar dos coches na poeira

Do sonhar a ti desperta

Como as nuvens que colorem o céu

Quis eu dar a noitinha,

A luz que alumia a grinalda do véu

No cismar d’andorinha

Mas as aves dormem na laranjeira

Quando o dia vai

E o colmo de uma virgem palmeira

A esta terra cai!

Que belo entardecer neste sertão

Junto da tua fronte

Quanto suspiro aos ais do coração

Ao sol no horizonte.

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 03/05/2012
Código do texto: T3647047
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