O ABSOLUTO

Talvez, querer te amar, seja a loucura

Derradeira que o meu ser ânsia desesperadamente

Pelo desejo contido, no momento

Que me traz a a tua lembrança.

Ou derramar minha lágrima

Seja solução, lavar o peito

Tirando toda essa ânsia, que a magia

Do amor impõe impiedosamente

Minh'alma, sufocando,me conduzindo

A um rumo sem direção.

Quero calar, mas a alma

Não deixa. Vago quase perdida

Entre um sonho e outro,

A me perguntar: Onde anda o meu amor?

Esse ser desabrochado como espinho

A machucar o meu coração.

Se é dor que me traz

E não um alento

Quero naufragar nessa noite

Entre versos tão banais

Mas que saiam de minhas entranhas

Rasgando desalentadamente o meu coração.

Como chorar, tirar toda essa ira

Arrancar tamanha dor,

Onde esse singelo coração habita

Com tamanho amor desmerecido

E tão insignificante, talvez nem existisse.

Ou morrer,fosse a única solução.

Escurecer no nada...

Perder-se no vazio insondável

Transformado no absoluto,

Sim. Talvez fosse minha

Loucura derradeira