Arquivos
Em seus arquivos às ferrugens
Onde diluem seus pecados
Que se misturam e mau fingem
Não ter em letras teu legado
Bem sei, esconde teu passado
Sangue a pedradas e promessas
Pra quem dizia o preparado
Agora cala-nos com essa?
Não, não cala! Não temos pressa
De ver teu reino em chamas
Nossa pressa que interessa
É publicar o que tu amas
Pois sabes, deita-te na cama
A mente ferve em desespero
Que teus arquivos venham à tona
E nos devolva teu emprego
A nossa pressa é o sossego
De inimigos enfileirados – Perfeito!
E então, por fim, meu desapego
Enterre os arquivos eleitos.