NUM OUTONO QUALQUER...
Inesquecíveis aquelas manhãs
de pássaros em voos ligeiros
Perfumes de mato, de hortelã...
Amores inocentes, passageiros
Lembranças de outrora
Daquele menino peralta,
que nadava nos rios
mas já antevia a aurora,
Ser que tanto, tanto faz falta,
projetado num futuro de vazios
Ah!... saudades dos abraços
tão sentidos por todos agora
Oportunidades perdidas,
no passado de alegrias.
Escafederam-se, foram embora...
Em profundo abandono
os velhos sinos da ermida,
prenunciam sinais de tristes dias
de um outono qualquer...