Operário

OPERÁRIO

Na central, uma rede submersa

Onde correm ratos, gritos

Restos.

No silêncio das madrugadas

E na algazarra dos protestos.

Só se acendem luzes lá

Quando operários

possessos

De temores e saudades

De seus status inversos

Descem para reparar

O que a cidade derrama

sem méritos

Quando à tona,

Agonizam

Perplexos

Trazem em si o cheiro

A escuridão e medo

imersos.

Júnior Leal
Enviado por Júnior Leal em 13/04/2012
Código do texto: T3609837
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