Operário
OPERÁRIO
Na central, uma rede submersa
Onde correm ratos, gritos
Restos.
No silêncio das madrugadas
E na algazarra dos protestos.
Só se acendem luzes lá
Quando operários
possessos
De temores e saudades
De seus status inversos
Descem para reparar
O que a cidade derrama
sem méritos
Quando à tona,
Agonizam
Perplexos
Trazem em si o cheiro
A escuridão e medo
imersos.