Cálice

Não jogo

sou limpa

(até demais)

e demais tem sido o tempo

que lateja

grita

suspira

sussura

clamando de todas as formas

mudança nos ventos

Ventania

carrega-me para longe de tudo

faça de mim um cálice

beba de mim o que resta

quebre-me

jogue-me fora

deixe somente o sol reluzir

em um caco do cristal que

(apesar de tudo)

ainda pretende sorrir

30/03/2012

rosalva-cantinhodopapo.blogspot.com

Rosalva
Enviado por Rosalva em 31/03/2012
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