Alegre
Bate a janela da casinha no arraial do Alegre
Sob a sombra da Igrejinha a grama não nasce
Domingo tem quermesse e o forró só acaba quando o dia amanhece.
O riacho ainda se esconde na mata,
Na venda tem manteiga na lata
E se o caboco quiser a pinguinha tá no jeito, tira gosto de tomate e sal não tem defeito
E se não conseguir ir embora o amigo da um jeito.
E é com esse quadro pitoresco que meu coração dispara
Na lembrança de que um dia fui criança
No tempo em que as horas eram lentas
Que se comia quando queria e dormia quando devia
Não me considero um saudosista
Mais se lembro me arrepio
Pois é certo que passou e não volta mais
E este lugar existe, lá no interior de Minas Gerais.