Alegre

Bate a janela da casinha no arraial do Alegre

Sob a sombra da Igrejinha a grama não nasce

Domingo tem quermesse e o forró só acaba quando o dia amanhece.

O riacho ainda se esconde na mata,

Na venda tem manteiga na lata

E se o caboco quiser a pinguinha tá no jeito, tira gosto de tomate e sal não tem defeito

E se não conseguir ir embora o amigo da um jeito.

E é com esse quadro pitoresco que meu coração dispara

Na lembrança de que um dia fui criança

No tempo em que as horas eram lentas

Que se comia quando queria e dormia quando devia

Não me considero um saudosista

Mais se lembro me arrepio

Pois é certo que passou e não volta mais

E este lugar existe, lá no interior de Minas Gerais.

Paulo Mineiro
Enviado por Paulo Mineiro em 29/03/2012
Código do texto: T3582532
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