Exilio
Sinto-me fora do mundo
sem versos, caído, aleijado
atraído ao fel profundo
a dor de um coração exilado...
em movimento, rotundo
me acompanha ,lembranças de amar...
e me livro do imundo...
a lutar e trovar.
Ao céu alço minha voz..
sinto o jorrar do gomil...
e agora, no caminho algoz..
busco da alma, o azul anil...
sei a dor da espera
essa que a trova me deita
dos meus versos que tivera
em alma que o anil enfeita...
Logo, volto ao meu mundo
do exílio de minhas poesias
retirado do amargo fundo
da lembrança-vigia
do labirinto, da mente...
da claridade e magia...
do coração e o que sente.