Convite

Um sopro morno a boca da noite

Fazendo tremer a face entediada;

O berro do sapo boi, e o açoite

Surrando a brisa enfática, apavorada.

A guerra espalha medo e espanto,

O orvalho sedia a umidade

O mormaço transpirando pranto,

E o nascente, carregado sem piedade!

O barulho das tartarugas guerreiras,

Aplaudindo a zona invernosa,

As rãs com suas notas faceiras

Fazem do timbre, a melodia penosa!...

Quase gasta a massa ensopada,

Que vai lambendo a foz do riacho,

De repente começa a trovoada

E os pendões das rosas viram cachos.

14 de março de 2012

Jairo Araújo Alves
Enviado por Jairo Araújo Alves em 14/03/2012
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