Mar de Minas
Sonho é tempo já distante
A terra mãe ferveu em seu cerne
Tormentas e promessas de brisa
Ecos de uma aurora saudosa
Do mar saiu o canto do homem
Que chora no topo do monte
A nostálgica síndrome do bem
Uma saudade do útero, da terra, do mar...
O mar chorou por não banhar minas gerais
Água por todos os lados do mundo
Sem os sais minerais são lágrimas
Terras de minas, oceano de poesias.
Recifes de corais em esquinas da vida
Trazem em sua mensagem um triunfo da paz
Na calmaria das serras, currais...
“Viva” aos povos do campo, almas arejadas.
Terras de minas, oceano de poesias.
Não há na terra ou no mar
Sem o ar que há em minas
Luar mais belo que aquele
Que brilha numa terra sem ilhas.
O mar chora por não banhar as minas
Bicas duma água doce que desce o rio
Trazendo consigo lembranças do ventre
Onde o homem está mergulhado desde o inicio.
O mar chora por não banhar minas gerais
Em seus vales abissais guarda montanhas
Chão sem pegadas dos homens que lá viveram
É o mineiro um grande milagreiro
Faz da igreja o seu sino
Da palavra o seu hino
Da poesia uma oração
Do canto uma pausa ao divino...