Mar de Minas

Sonho é tempo já distante

A terra mãe ferveu em seu cerne

Tormentas e promessas de brisa

Ecos de uma aurora saudosa

Do mar saiu o canto do homem

Que chora no topo do monte

A nostálgica síndrome do bem

Uma saudade do útero, da terra, do mar...

O mar chorou por não banhar minas gerais

Água por todos os lados do mundo

Sem os sais minerais são lágrimas

Terras de minas, oceano de poesias.

Recifes de corais em esquinas da vida

Trazem em sua mensagem um triunfo da paz

Na calmaria das serras, currais...

“Viva” aos povos do campo, almas arejadas.

Terras de minas, oceano de poesias.

Não há na terra ou no mar

Sem o ar que há em minas

Luar mais belo que aquele

Que brilha numa terra sem ilhas.

O mar chora por não banhar as minas

Bicas duma água doce que desce o rio

Trazendo consigo lembranças do ventre

Onde o homem está mergulhado desde o inicio.

O mar chora por não banhar minas gerais

Em seus vales abissais guarda montanhas

Chão sem pegadas dos homens que lá viveram

É o mineiro um grande milagreiro

Faz da igreja o seu sino

Da palavra o seu hino

Da poesia uma oração

Do canto uma pausa ao divino...

Abismal
Enviado por Abismal em 21/01/2007
Código do texto: T354342