Cena Rara
Cena Rara
Cena rara em silêncios de janeiro
A casa no meio da plantação,
o campo e o verde se exibindo
O quadro familiar desenhado
em preto e branco,
e a beleza exposta na tela.
O vento, árvores, folhas,
em sintonia, se fazendo presente.
O rosto do tempo, mostrando as
marcas do que não volta mais...
Vê-se em cada traço adormecido,
histórias vividas...
E na lembrança audaciosa do
ancião, a canção se manifesta
trazendo em sua composição o
que ficou lá atrás...
Sentado na saudade, desliza
os dedos trêmulos, nas
cordas afiadas do violão e
o olhar distante, querendo correr e
voltar a ser menina
brota no rosto da anciã...
E... no meu peito levo eu, o aconchego
de um domingo de janeiro,
onde a tarde atípica mostra-me
que a vida é uma criança
sentada debaixo de uma árvore
acompanhada da natureza e tocada num
violão...